É fato que adaptar um filme para o cinema não é tarefa fácil. Agradar tanto a fãs da obra literária quanto um público que desconheça a história, pode gerar opiniões controvérsias, a de agradar apenas ao grande público, e deixar decepcionado o público leitor.
Sabemos porém que, adaptações iguais, não são sinônimos de sucesso, e às vezes, mudanças são necessárias ...e bem-vindas! OU NÃO!!!! Veja a seguir algumas adaptações (na minha opinião) que não foram bem sucedidas, porém foram grandes sucessos de bilheteria.
ENTREVISTA COM O VAMPIRO
Baseado no livro de Anne Rice, Entrevista com o Vampiro, teve uma péssima adaptação do livro, mas cativou o público que não conhecia, tornando-se um clássico do cinema. Parte do sucesso deveu-se ao elenco espetacular com: Tom Cruise, Brad Pitt e Kirsten Dunst, no papel de Claudia (uma criança imortal). O filme é por demais curto prá tanta história. Louis (Brad Pitt) tinha uma longa trajetória de sofrimentos, que foi apenas substituída pela perda de uma esposa falecida para que nós pudéssemos sentir pena dele. Criaram um vampiro triste, sendo que a verdadeira história, seria sua ânsia por respostas, medo da morte e de passar uma eternidade sozinho. O filme deixou de cumprir a promessa de um grande épico, para se tornar apenas um filme "bom", por não saber aproveitar quase nada do que a história tinha a oferecer.
OLGA
"Olga" de Fernando Morais, consegue nos colocar em contato com toda a atmosfera de tensão vivida pelos comunistas no Brasil, na década de 30. Olga abraçou uma causa com muito fervor, "propagar a revolução proletária mundo afora", que teve que se sacrificar em favor de suas crenças e ideais. O livro, de ritmo denso, é também rico em detalhes, enquanto o filme foi bem superficial, fixando-se no aspecto romântico da história de Olga e Luis Carlos Prestes, sem retratar com maiores detalhes o período histórico... sem falar nas próprias motivações das personagens. Alguns críticos da época, reforçaram em dizer que "os diálogos pobres e excessivamente didáticos", com interpretações que foram muito teatrais.
SAGA CREPÚSCULO
Após ler os quatro livros e mais a suposta história na visão de Edward Cullen (O Sol da Meia Noite), para mim, Crepúsculo ficou de certa forma patético nas telas...
Lendo os livros, a percepção que se tem é de que a história, tem muito mais a oferecer. Sou fã da saga e, para quem esperava ansiosamente para assistir no cinema, foi total decepção! Vi um Edward sem graça, uma Bella prá lá de insossa...(que me perdoem os fãs da Kristen, mas não acho-a boa atriz) e um Jacob semi-nu a maior parte do tempo. Efeitos especiais bem pobres de qualidade... e por aí vai. Os filmes não conseguiram atingir a intensidade do amor de Edward e Bella.
Enfim, o livro que em mim pode ter causado um frenesi, para outrem pode ter sido uma leitura maçante. E um filme adaptado para o cinema é a visão do diretor sobre a obra literária, mas que na minha opinião, deve-se respeitar a essência de um livro, o que muitos diretores não fazem. No livro há um grande esforço para despertar a reação desejada no leitor, para que ele se importe com os personagens. No cinema, tem que ser feita a mesma coisa, para que seja feita uma boa adaptação. E para isso, cumpre-se revisar e pensar a fim de cortar apenas o que não é relevante na história.